terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

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                                                                                                               de Pablo Neruda

Posso escrever os versos mais tristes essa noite.
Escrever, por exemplo: " A noite está estrelada e tiritam, azuis, as estrelas, os astros, ao longe".

O vento da noite gira no céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu a amei, e às vezes ela tambem me amou.

E em noites como esta eu a tive entre meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.

Ela me amou, às vezes eu tambem a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Senti que a perdi.

Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o Verso cai na alma como no pasto o orvalho

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Causa Palestina



Bismillah.
Ate quando seremos sujeitados, obrigados a ouvir, ver e aceitar tantas mentiras sobre a invasão sionista? Ate quando o povo palestino será taxado de “bandido” e passará a ser o “mocinho”? (aos olhos do ocidente).
Muito se fala de direitos humanos, fraternidade universal e etc., mas são apenas falácias de especuladores que procuram retorno material e nada fazem para levar ao mundo (ocidental) o que verdadeiramente acontece.
A Causa Palestina somente é lembrada quando há bombardeios, sequestros e mortes, muitas mortes. Não são lembradas as crianças que ficaram órfãs e sem escolas, pais que perderam seus trabalhos. Onde encontrar a dignidade desse povo? Um povo que vê, todos os dias, suas casas sendo demolidas, as escolas de suas crianças transformadas em entulho, suas lavouras transformadas em luxuosos assentamentos judaicos para colonos que não tem raiz naquela terra.
Ate quando o ocidente verá o sofrimento desse povo e permanecerá calado diante de tanto desrespeito? Existe guerra justa? Na opinião de grandes historiadores a resposta é NÃO. Mas quanto ao direito de um povo defender-se de todas essas agressões e crueldade? Seria justo que toda sociedade palestina fosse extinta para que os sionistas se estabeleçam em uma terra em que não possuem raízes?
Violência gera violência e com tantas mortes, de ambos os lados, é difícil vislumbrar a PAZ, sendo que nenhuma das partes cede ao direito de existir.
Ate quando viveremos amordaçados e vendados diante de tal situação?
Ate quando?

                                                          Abdul-Rahman Muhajir           02/03/2007

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Sei lá



Sei lá, não sei nem porque estou fazendo isso, mas acho que faço por causa do dinheiro, pois a sociedade privada está muito feroz, e não conseguimos nem beijar nossos sapatos normalmente, sem ter que tirar os olhos dos pinguins vesgos e voadores da Amazônia, sem saber que os golfinhos guerrilheiros queriam conquistar a América, e os operadores de maquinas pesadas estão tentando detê-los, se conseguirão, somente as arvores da vida que já estão mortas desde ontem, mas já faz um ano...
Sonhos que os pesadelos nos trazem das longinquas cortinas cor-de-rosa rastejantes que estão bem proximas e quietamente agitadas aguardando o que está por vir pra lá d lado de cá.
A cabeça do umbigo que a baleia tinha na confeitaria, estava negramente alaranjada, com bordas brancas na orelha e azul na raiz da planta dos pés.
Desculpe-me se estão lendo esta loucura que não tem sentido, a dor da física quantica que estuda a biologia dos numeros complexos, não leva nada à serio que a camelia da letra Jota.
Obrigado.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Corredor dos Loucos


Sobre aquela mesa, no corredor dos "loucos", estava eu a pensar. Não me lembro sobre o que pensava, apenas fugia da aula de Filosofia Politica, que é uma diciplina interessante; mas naquela noite não me chamava a atenção. Naquela mesa eu permaneci; alguem surgiu derepente pelo lado esquerdo e passou. Eu acompanhei seu passos, seis ou sete passos e parou, virou-se e retornou. Usava calça jeans, estava com dispositivo reprodutor de musicas em arquivos mp3, tinha cabelos lisos, pretos e uma voz suave. Perguntou-me , " o que tens"? Quase não consegui responde-la. Gostaria que o tempo parace para que eu pudesse observa-la por mais tempo. Então a respondi, " não consegui me concentrar na aula " , ao passo que ela afirmativamente disse: " Eu tambem não ". Então, foi ali, bem ali no corredor dos "autistas mimados", como dizem, foi que tivemos nossa primeira conversa. Falamos sobre musica, filosofia e tantas coisas que não me interessavam. Meu olhar fixava em seus olhos, "olhos de jabuticaba", em seu nariz bem desenhado, sua voz doce, a forma que se expressava. A partir daquele dia houve uma mudança significativa naquele corredor "dos malucos". Escolhi um Ipê Amarelo que simbolizava aquele dia. Ele estava carregado de flores. Sentado nas escadas eu o olhava e me tranquilizava, lembrava daqueles olhos lindos, aquele sorriso que somente em sonhos pode existir mais lindo. Semana se foram e ela não apareceu. Sentei-me novamente a mesa, que permanecia no corredor "dos sonhadores" e fiquei a imaginar. Nada aconteceu. Eu a perdi?


Sávio Sales  10/08/2012

terça-feira, 10 de julho de 2012

Insônia amada


Nos momentos em que a insônia ataca fica facil perceber varias coisas cotidianas que não percebemos, a importancia de dormir bem é uma delas. Brincadeiras à parte, estou a vesperas de comemorar o aniversario de dez anos da minha companheira de todas as noites, minha insônia amada. Muitos já palpitaram, outros deram formulas mirabolantes que curam e a faz desaparecer, mas nenhuma dessas formulas funcionaram. " Cara, você toma muito café. Pode ser isso que causa sua dificuldade de dormir." Não, efetivamente não é isso. Já fiz o teste e tirei a prova.
Há outros fatores envolvidos. Mas uma coisa me intriga a muito tempo. Quando minha amada insônia está atacada e principalmente quando ja estou deitado forçando o sono a vir, ouço o som inconfundivel de um galo a "cantar". E a canturia segue noite a dentro, interrompida em breves intervalos e novamente se inicia ate o raiar do sol. Não importa onde eu esteja, não importa a hora da noite que seja, o galo vai cantar e me incomodar, vai elevar minha raiva a ponto de sair à rua a procura-lo. Alguém pode me dizer se é possivel que criem galos em apartamentos no centro da maior cidade brasileira? Ou podem imaginar um galo a cantar as 02:15 da madrugada em meio a Serra Dourada,  bem no interior da mata fechada?
Começo a suspeitar que há um certo descontrole mental, a criação de ilusões, seila. Já escrevi alguns relatos sobre esse galinacio que me incomada a anos. Neste exato momente la está ele, em algum lugar no universo cantarolando. Eu posso ouvi-lo. Vou beber o remedio que minha avó me indicou, aguá com açucar pra ver se resolve parcialmente. 
Bom é hora do pesadelo de tentar dormir. Bom de tudo isso é que não me lembro dos sonhos ou pesadelos ( alem do pesadelo que é tentar dormir) que tive ao dormir, no rair do dia. Bom dia!


Sávio Sales 10/07/2012

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ela


Quantas vezes eu entreguei o jogo no ultimo momento. Quantas vezes o medo de errar fez com que eu não prosseguisse adiante. O quanto eu perdi por causa da minha insegurança?
Esperanças perdidas, foram enterradas. Hoje alguém me fez sentir que vale a pena enfrentar os medos e vencer a insegurança para receber um beijo intenso e acelerador de batimentos cardiacos. A saber : A menina dos olhos de jabuticaba.

Sávio Sales em 08/11/2010

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A Felicidade e as Idades da Vida


" O que torna infeliz a primeira metade da vida, que apresenta tantas vantagens em relação à segunda, é a busca da felicidade, com base no firme pressuposto de que esta deva ser encontrável na vida: o resultado são esperanças e insatisfações continuamente frustradas. Visualizamos imagens enganosas de uma felicidade sonhada e indeterminada, entre figuras escolhidas por capricho, e procuramos em vão o seu arquétipo. Na segunda metade da vida, a preocupação com a infelicidade toma o lugar da aspiração sempre insatisfeita à felicidade; no entanto, encontrar um remédio para tal problema é objectivamente possível. De facto, a essa altura já estamos finalmente curados do pressuposto há pouco mencionado e buscamos apenas tranquilidade e a maior ausência de dor possível, o que pode ocasionar um estado consideravelmente mais satisfatório do que o primeiro, visto que ele deseja algo atingível, e que prevalece sobre as privações que caracterizam a segunda metade da vida."

Arthur Schopenhauer, in "A Arte de Ser Feliz"

  Caminhos para lidar com as perturbações climáticas Introdução: As perturbações climáticas representam um desafio significativo a nível glo...